O Secretário Regional da Agricultura e Florestas manifestou confiança na certificação europeia da carne Ramo Grande, a única raça autóctone dos Açores, como Denominação de Origem Protegida (DOP), que entra agora em fase de consulta pública.
A Denominação de Origem Protegida está associada à política de qualidade alimentar da União Europeia e visa proteger os nomes dos produtos, de modo a salvaguardar as suas caraterísticas únicas, vinculadas à sua origem geográfica, sendo que esse rótulo permitirá aos consumidores aumentar a confiança no produto, em termos de segurança alimentar, e distinguir a sua qualidade, contribuindo para valorizar melhor a produção”, afirmou João Ponte, acrescentando que “está em causa uma carne tenra, suculenta, que tem sido aprimorada ao longo de várias gerações”.
Assim ontem foi publicada em Jornal Oficial, através do Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA), a abertura da fase de consulta pública nacional, durante 30 dias, no âmbito do registo da Carne Ramo Grande DOP apresentado pela Associação de Criadores de Bovinos da Raça Ramo Grande, na sua qualidade de Agrupamento Gestor.
Quando terminar o prazo da consulta pública do pedido de registo, e no pressuposto de não haver qualquer manifestação de oposição, inicia-se uma nova etapa, ou seja, o envio do processo à Direção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, que, por sua vez, remeterá à Comissão Europeia.
Para o Secretário Regional, esta certificação assegurará também novas oportunidades de negócio para o setor da carne nos Açores, para a sua valorização, contribuindo diretamente para o crescimento da economia local.
Estão inscritos atualmente no Livro de Adultos desta raça 1.407 bovinos, distribuídos pelas ilhas Terceira, São Jorge, Faial, Pico, São Miguel e Graciosa, existindo, no total, 261 criadores da raça Ramo Grande nos Açores.