O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia adiantou que “o valor de investimento estimado” para a orla costeira e os portos de pesca afetados pela passagem do furacão Lorenzo é de 11,7 milhões de euros.
Segundo Gui Menezes, das 56 intervenções identificadas nas ilhas do Pico, Flores, Faial, Graciosa, Terceira e São Miguel, mais de 64% já foram executadas, ou estão em fase de execução ou de adjudicação.
O Secretário Regional, que falava, por videoconferência, numa audição no Grupo de Trabalho da Assembleia Legislativa sobre o furacão Lorenzo, referiu que os prejuízos decorrentes do Lorenzo em áreas da sua tutela “foram divididos em despesas da Lotaçor e das direções regionais das Pescas e dos Assuntos do Mar”.
Durante a audição, Gui Menezes começou por referir as medidas da Secretaria Regional do Mar que procuraram dar resposta ao setor das pescas, designadamente aos pescadores e armadores “que se viram privados da sua atividade” devido à destruição das embarcações ou dos bens que estavam guardados em casas de aprestos e que foram destruídos ou extraviados.
No que respeita às intervenções na orla costeira, o governante referiu que “26% das obras que estão em fase de projeto são as de maior envergadura e que têm outra complexidade técnica”.
O Secretário Regional apontou ainda “constrangimentos” que causaram alguns atrasos nos projetos de obra, nomeadamente o mau tempo durante o inverno, que impediu a realização dos levantamentos topo-hidrográficos, bem como, depois, a situação provocada pela pandemia de COVID-19, que impediu a deslocação dos projetistas.
Questionado sobre a estratégia do Governo dos Açores para fazer face aos fenómenos ligados às alterações climáticas, o Secretário Regional salientou que estão a decorrer obras de proteção costeira de “significativa monta”, acrescentando que a rubrica do Programa Operacional para estes investimentos “foi completamente esgotada”.
“Já intervencionámos cerca de sete quilómetros de orla costeira” em todas as ilhas, referiu o governante, acrescentando que “as situações [de risco] estão identificadas”.