O INE, no seu habitual relatório sobre a covid-19 no país, sublinha que, em Maio, todas as regiões registaram diminuições nas dormidas superiores a 80%, mas as mais expressivas ocorreram na Região Autónoma dos Açores (-99,7%) e na Madeira (-99,5%), e a menos expressiva no Alentejo (-84,3%).
Ainda em Maio de 2020, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 11,0 milhões de euros, correspondendo a uma redução de 386,9 milhões de euros em termos homólogos, que se traduz numa variação de -97,2% (-98,5% em Abril).
De um modo geral, em Maio de 2020, o sector do alojamento turístico registou 149,8 mil hóspedes e 307,0 mil dormidas, o que corresponde a variações homólogas de -94,2% e -95,3%, respectivamente (-97,7% e -97,4% em abril, pela mesma ordem).
Segundo o Jornal Económico, eram esperados este ano nos Açores três milhões de dormidas e as perdas estimadas são da ordem dos 2,4 milhões de dormidas, de acordo com o CEO do grupo Inovtravel.
O impacto financeiro será da ordem dos 350 milhões a 500 milhões de euros, de acordo com a mesma fonte.
O impacto no PIB da Região em 2020 poderá levar a uma queda de 15% a 25% este ano, o dobro da média nacional.
Marta Guerreiro, a secretária regional do Turismo, afirma ao Jornal Económico que “todos os sectores (económicos) foram afectados (pela pandemia). Viveremos um verão atípico em termos turísticos, muito condicionado pelo receio de realização de viagens”.
E adianta: “Com este contexto mundial, o reporte que temos do sector é de que a procura está ainda bastante tímida, destacando-se uma maior procura do mercado nacional, a par do interesse de alguns mercados internacionais específicos, para além de alguma dinamização da economia por via da campanha de turismo interno que estamos a levar a cabo, denominada “Viver os Açores”, através da qual os açorianos são convidados a descobrir as restantes ilhas do Arquipélago.