A Secretária Regional da Saúde considerou que os resultados preliminares do Primeiro Inquérito Serológico Nacional COVID-19, divulgados na sexta-feira, revelam que a extensão da infeção na população açoriana foi “limitada”, refletindo os esforços de contenção empreendidos na Região.
Os resultados apontam para uma seroprevalência de 2,6% na Região Autónoma dos Açores, abaixo da taxa de 2,9% verificada a nível nacional, bem como dos valores referentes às regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Norte e Centro.
Isto significa que apenas 2,6% das amostras de soro sanguíneo respeitantes à Região revelaram anticorpos específicos contra SARS-CoV-2, decorrentes de contacto prévio com o vírus.
“Através deste inquérito e dos inquéritos que se vão seguir, vamos monitorizar a evolução da imunidade na Região e adequar as medidas de prevenção”, afirmou Teresa Machado Luciano, adiantando que os resultados referentes à Região serão detalhados posteriormente.
No que se refere à presença de outros sinais ou sintomas, destacam-se prevalências mais elevadas nos indivíduos que referiram anosmia (perda total do olfato) ou três ou mais sinais ou sintomas, como febre, arrepios, astenia (fadiga), odinofagia (dor ao engolir), tosse, dispneia (falta de ar), cefaleia, náusea/vómitos e diarreia (6,5%).
Os autores do estudo concluem que permanece a necessidade de monitorização da evolução da seroprevalência dos anticorpos específicos contra SARS-CoV-2 na população portuguesa, sendo que a seleção de períodos de seguimento dependerá da evolução da epidemia em Portugal.
A Região Autónoma dos Açores participou no Primeiro Inquérito Serológico Nacional COVID-19, conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, com uma amostra de 326 análises, de sete ilhas, nomeadamente São Miguel, São Jorge, Pico, Terceira, Faial, Graciosa e Flores, com o objetivo de determinar a extensão da infeção na população e monitorizar a evolução da imunidade.