O Secretário das Finanças e Planeamento, Joaquim Bastos e Silva, explicou ao ‘Correio dos Açores’ que, ao tomar posse, o actual governo regional foi confrontado pelo Governo da República com o valor do Plano de Recuperação e Resiliência para os Açores de 850 milhões de euros e com a forma como as verbas estavam orientadas em termos de áreas de investimento e na relação entre o sector público e o sector privado regional.
Então, explicou o Secretário das Finanças e Planeamento, chegaram-se a colocar duas possibilidades ao governo dos Açores: ou rever o Plano de Recuperação e Resiliência para a Região, adequando-o aquilo que é a orientação do Programa do Governo, com os inevitáveis atrasos da sua aprovação pelas instâncias europeias, em Bruxelas; ou, face à necessidade urgente de ter as verbas disponíveis na Região o mais rapidamente possível, permitir que a versão elaborada pelo anterior governo regional avançasse para Bruxelas. E, entre uma opção e outra, dada a necessidade urgente de fazer face aos impactos da pandemia na Região, a opção foi por fazer avançar a versão iniciar para as instâncias europeias.
Joaquim Bastos e Silva deixou, contudo, claro que, no âmbito do próximo Quadro Comunitária de Apoio, a opção do governo açoriano – “seguindo o seu Programa de Governo – vai ser a de contemplar as empresas privadas e o sector produtivo regional com os fluxos financeiros europeus adequados para recuperarem dos efeitos negativos da pandemia e projetarem o futuro”.