Existem 5 soluções para aumentar a pista da ilha do Pico, segundo o “Estudo para a Avaliação das Condições de Operacionalidade do Aeródromo da Ilha do Pico”, encomendado pelo Governo Regional anterior.
Segundo o “Diário dos Açores”, pese embora três delas tenham parecer desfavorável, duas das soluções (notavelmente as mais económicas) resultam num parecer neutro, isto é, “as vantagens evidentes em termos de capacidade do aeroporto são contrabalançadas por prejuízos sociais e ambientais.”
Os pontos que essencialmente não permitiram que os pareceres neutros fossem positivos prendem-se com a ocupação de terreno da Zona de Paisagem Protegida da Cultura da Vinha (Património Mundial).
Em todo o caso, admite-se que se o desenvolvimento do Aeroporto for reconhecido como ação de relevante interesse público, este poderá ser realizado, desde que não sejam postos em causa os valores naturais e culturais que determinaram a classificação da Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico como Área Protegida e como Património Mundial.
A Solução 1, que recebe posição neutra, aponta para “Manter a localização das soleiras e aumentar as áreas de segurança no fim de pista (RESA) para o valor recomendado pela EASA de 240m; Extensão de 230m”.
A Solução 2, também com posição neutra, aponta para “Manter a localização da soleira leste e prolongar a pista para oeste numa extensão de 700m”.
A Solução 3, que recebe posição negativa, aponta para “Manter a localização da soleira oeste e prolongar a pista para leste numa extensão de 700m”.
A Solução 4, com posição negativa, aponta para “Aumento da pista em 1.119 m para o comprimento de 2.764. Extensão para Leste ou para Oeste ou para ambos os sentidos”.
Finalmente, a Solução 5, também com posição negativa, aponta para “Aumento da pista em 1.538m para o comprimento de 3.183” e dá posição positiva a “Medidas de intervenção no aspeto operacional”.
O estudo preliminar possui algumas ressalvas, uma vez que todas as soluções necessitam de parecer favorável do Ambiente e UNESCO e autorização excecional da ANAC porque não cumprem com todas as novas normas.
A estimativa orçamental tem por base valores de referência. Para validar os valores será necessário realizar levantamentos topográficos, cadastrais e estudos geotécnicos. Assim o estudo admite que nenhuma das soluções é viável economicamente.
Diário dos Açores/RP