O Ministério da Defesa Nacional vai investir cerca de três milhões de euros na construção da sede do Centro do Atlântico, situada na base das Lajes, na ilha Terceira, nos Açores, revelou o ministro João Gomes Cravinho.
O ministro da Defesa falava, na base das Lajes, na Praia da Vitória, à margem de uma cerimónia que oficializou a criação do Centro do Atlântico, que prevê uma cooperação em matérias de segurança, conhecimento e formação sobre esta área geográfica, contando já com a adesão de 16 países.
A sede deverá recuperar o edifício da antiga unidade de saúde da base das Lajes, utilizada pela Força Aérea norte-americana e desocupada aquando da redução militar que ocorreu a partir de 2015.
Segundo João Gomes Cravinho, os Açores surgiram como “localização natural” para a instalação deste centro, que enfatiza a importância geoestratégica do Atlântico.
“A localização na ilha Terceira do Centro do Atlântico é, sem qualquer dúvida, uma referência à importância que a geografia tem e à nova centralidade do Atlântico”, frisou.
A ideia foi partilhada pelo presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, que destacou a importância deste centro para a notoriedade do arquipélago a nível internacional.
Questionado sobre o impacto que este centro terá no desenvolvimento económico dos Açores, Bolieiro disse que não é uma resposta à redução militar norte-americana na base das Lajes, mas pode ter impacto a longo prazo.
Para além de Portugal, assinam a declaração conjunta Alemanha, Angola, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Estados Unidos da América, França, Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Marrocos, Reino Unido, São Tomé e Príncipe, Senegal e Uruguai.