“Ajudar os bebés a ‘falar’ antes de saberem falar”, é este o lema do programa Baby Signs que apesar de existir há cerca de 30 anos, sendo a sua fundadora a norte-americana Linda Acredolo, apenas começou a ser utilizado em Portugal no ano de 2017, existindo até ao momento nos Açores apenas uma instituição certificada com este programa, nomeadamente a Escola Canto da Maia.
No arquipélago, desde o ano de 2018, uma instrutora certificada nesta metodologia, Catarina Veleroso, natural da ilha do Pico, é responsável por levar até aos pais, até às instituições e até aos profissionais da primeira infância este programa de linguagem gestual concebido especificamente para bebés ouvintes até aos 24 meses.
De acordo com Catarina Veleroso apesar de grande parte do trabalho ser neste momento desenvolvido com pais que ouviram falar do Baby Signs, “o objectivo principal do programa é chegar a todas as creches dos Açores e que todas possam usar este programa para que consigam, na realidade, conversar ainda mais com os seus bebés”.
Os benefícios da utilização deste programa nas crianças são diversos, conforme adianta, passando desde já pela diminuição das frustrações e dos comportamentos agressivos, bem como das birras e, por outro lado, pelo aumento da auto-confiança e auto-estima, pelo estímulo do desenvolvimento da fala, da inteligência e das competências sociais.
O programa em causa, explica Catarina Veleroso, inclui vários tipos de workshops, incluindo uma opção para os pais, com uma duração de 45 minutos nos quais os pais aprendem a metodologia e praticam os gestos para os treinarem depois com os seus bebés já que, em alguns casos, estes podem ainda nem ter idade suficiente para conseguir comunicar com recurso a gestos.
Para além do tempo que dedica ao Baby Signs, Catarina Veleroso, está também a dar os primeiros passos num projeto intitulado “Amor Meu”, juntamente com a colega Rita Jossim, que tem o propósito de ajudar a levar este programa diretamente a instituições e meios onde as crianças se encontram em situações mais complicadas, como lares de acolhimento ou famílias carenciadas.