O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro e o Ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, assinaram sábado um protocolo para estabelecer a forma e a dimensão da aplicação dos 580 milhões de Euros previstos no Plano de Recuperação e Resiliência para os Açores, sobretudo através do Banco de Fomento.
O Presidente do Governo enalteceu a visita de “diálogo, diagnóstico e compromisso” que o Ministro fez à Região, tendo na ocasião sido assinado um memorando de entendimento que permitirá aos Açores entrarem no capital social do Banco Português de Fomento.
Os Açores, sublinhou José Manuel Bolieiro, querem ter uma “participação na gestão das linhas de financiamento da entidade”, sempre com a premissa de que existe confiança do Governo Regional “na sociedade açoriana e no tecido empresarial” do Arquipélago.
O desenvolvimento regional, acrescentou ainda, “não pode prescindir” de uma “relação colaborativa” com o Governo da República e as instâncias europeias, sendo necessário, advoga José Manuel Bolieiro, “potenciar a pedagogia estratégica no contexto europeu” no que diz respeito às Regiões Ultraperiféricas, como os Açores.
“Queremos fortalecer a capitalização do nosso tecido empresarial para criar robustez para a criação de riqueza que tem emergência e fundamento”, assinalou Bolieiro.
Depois da assinatura de um memorando com o Governo dos Açores, o Ministro Pedro Siza Vieira teve um “encontro restrito” com à volta de 30 empresários açorianos numa unidade hoteleira de Ponta Delgada com o objectivo de apresentar o que será o Banco de Fomento e os novos instrumentos de financiamento das empresas.
Pedro Siza Vieira admitiu a existência de realidades nos Açores que são diferentes da realidade nacional e que há necessidades que são, também, por essa via, específicas.