O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, insistiu na urgência de se avançar com o projeto de substituição dos cabos submarinos de comunicação eletrónica entre o continente, os Açores e a Madeira.
Segundo João de Matos “é muito urgente lançar este projeto e adjudicá-lo a alguém que o desenvolva”, tendo em conta o “limite temporal de 2024” em que “desejavelmente a nova ligação deve estar estabelecida para não corrermos nenhum risco de disrupção das comunicações em território nacional”, defendeu.
O presidente da Anacom falava aos jornalistas à margem da Conferência sobre a Conectividade Internacional e a Plataforma Europeia de Dados, que decorre desde ontem, no Centro de Negócios da Aicep Global Parques, em Sines, no distrito de Setúbal.
Segundo o responsável, um dos objetivos destes novos cabos submarinos é a "sua competitividade", que vai permitir "baixar os custos das comunicações" e fazer “com que nos Açores e na Madeira exista uma oferta de comunicações e de acesso à internet com a mesma qualidade e com o mesmo preço que em todo o território”.
O projeto permite que “os operadores que queiram ter ofertas em território nacional tenham a mesma possibilidade de ter essas ofertas nos Açores e na Madeira”, acrescentou João Cadete de Matos, destacando “a relevância que se atribuiu” à criação de “um projeto autónomo e de responsabilidade pública”, que liga as duas regiões autónomas e o continente.
O investimento na substituição dos cabos submarinos de comunicação eletrónica entre o continente, os Açores e Madeira é de 118,9 milhões de euros, uma obra que deverá estar concluída em 2024 e 2025, respetivamente, segundo diploma publicado em setembro do ano passado.
Segundo o despacho, publicado em Diário da República, em 30 de setembro de 2020, a construção do anel CAM deverá ser considerada como projeto prioritário, para efeitos de acesso a financiamento da União Europeia.