O Secretário Regional da Saúde e Desporto esclareceu ontem, conferência de imprensa realizada em Angra do Heroísmo, que a recente alteração à legislação aprovada no parlamento regional que permite os apoios ao desporto açoriano, tem na génese uma "reestruturação conceptual e estratégica, que integra uma valorização da formação e do atleta açoriano".
“Esta é uma intervenção que pretendemos estruturante, para termos cada vez mais e melhor formação, para capacitar os nossos jovens para melhores níveis de desenvolvimento desportivo” – sublinhou Clélio Meneses.
O governante explicou as alterações aos conceitos de atleta formado nos Açores, atleta formado no clube e atleta internacional. No caso do atleta formado nos Açores “passa a poder ser formado em qualquer modalidade e não numa única modalidade. “isto empobrecia o desenvolvimento desportivo” – considerou.
O conceito de atleta formado no clube, é suportado agora em todas as modalidades e não apenas numa, o que para o Secretário Regional da Saúde e Desporto “promove o ecletismo dos clubes, fator enriquecedor da prática desportiva”.
Finalmente, o conceito do atleta internacional abre a porta aos atletas que, não sendo formados nos Açores, mas registam internacionalizações em representação do respetivo país, possam ser considerados para este efeito.
Clélio Meneses esclareceu ainda que esta reestruturação decorre igualmente do facto de a Federação Portuguesa de Futebol ter criado mais um nível competitivo, inferior, já que existiam dois níveis, o superior e intermédio. E garantiu que esta alteração “não significa diminuição de apoios aos clubes, fazendo com que, pelo contrário, mais clubes possam beneficiar deste apoio”.
O Secretário alertou “que a Região não deve ser entendida como financiadora dos Clubes”. E deixou claro que a mesma “apoia, suporta custos, no sentido de implementar uma política de desenvolvimento desportivo que não deve ser a base e o exclusivo do financiamento das atividades dos clubes” – sublinhou.