António Ventura garante que alimentação...
Erros, a corrigir Artur Lima apontou também alguns dos erros de que enferma o SRS. Para os democratas-cristãos “não é sustentável manter a política de construção de espaços físicos a pedido ou por interesses eleitorais”, defendendo que “os investimentos na saúde têm que ser racionais”. O CDS defende que não se pode “continuar a estimular, e muito menos promover, a duplicação e triplicação de serviços, em algumas ilhas, com todos os custos inerentes. É urgente fazer um planeamento de médio e longo prazo de modo a que as ilhas sejam dotadas das unidades de saúde necessárias, com os recursos humanos suficientes para evitar a ruptura do sistema e com gestão rigorosa e eficiente”. Por outro lado, prosseguiu Artur Lima, “assistimos hoje, infelizmente, também por culpa do deficiente planeamento dos Directores de Serviços e dos Conselhos de Administração das unidades de saúde, que não abriram vagas a tempo e horas, nem acautelaram o número de médicos suficientes para os seus serviços, é à necessidade excepcional de autorizações para que 58 médicos reformados, continuem a exercer a actividade, chegando-se ao cúmulo de alguns serviços vitais do Serviço Regional de Saúde dependerem quase exclusivamente de apenas um médico, com a agravante deste ser um dos aposentados”.Neste particular, Lima, lamentou “que a Ordem dos Médicos não tenha um papel mais activo no sentido de planear e apontar estas lacunas do SRS, preferindo somente manifestar preocupação por questões meramente financeiras, numa atitude de excessivo corporativismo”, numa clara alusão à posição desta entidade sobre os cortes nas prevenções. “Extrema gravidade” O Líder Parlamentar popular apontou outra situação que considerou “de extrema gravidade”, que “tem sido transversal às sucessivas governações”, e que diz respeito “aos relatos de casos em que médicos especialistas abandonam a Região por pura perseguição de outros colegas ou dirigentes, apenas e só porque estes não querem partilhar o regime de prevenções atribuídas a cada serviço, tornando-se perverso o actual regime”. Neste sentido, disse Lima, “há largos anos que o CDS-PP defende regras claras para a atribuição do regime de prevenções, não só relativamente à remuneração, mas também aos tempos mínimos de resposta (que com indesejável frequência não são cumpridos nem respeitados), para além de ser público que muitos dos médicos de prevenção demoram eternidades a chegar ao serviço e outros, depois de certas horas, se recusam pura e simplesmente a comparecer à chamada havendo até relatos de que alguns especialistas de prevenção já nem são chamados por habitual falta de comparência”. Lima reiterou como “de preocupante gravidade e merecedora do nosso mais veemente repúdio”, os casos dos médicos que “fazem retaliação sobre os utentes, somente porque lhes foram retiradas horas de prevenção”. Sob este aspecto, os centristas afirmam “que o Governo Regional tem falhado”, isto porque, entendem, “falta uma actuação punitiva e severa relativamente a estes comportamentos de alguns médicos”. Artur Lima salienta que “a passividade dos Conselhos de Administração, com a anuência da tutela, tem como consequência que um pequeno grupo de clínicos acabe por manchar injustamente a reputação de toda uma classe, até porque no SRS são felizmente muitos os médicos que com zelo cumprem as suas obrigações profissionais”.Por fim, Artur Lima solicitou ao Secretário Regional da Saúde para alterar o regulamento vigente relativo ao procedimento de evacuação de doentes em situação urgente por considerar que o texto existente “levanta muitas dúvidas” e que, por isso, “uma clarificação se impõe”, reforçando o CDS-PP que, ao contrário daquilo que diz o Governo, quem decide sobre a evacuação ou não “é sempre o médico do hospital de referência e não o médico da unidade de saúde de origem”.
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