Segundo declarações à agência Lusa, Tato Borges disse ter pedido para abandonar as funções que desempenhava na região desde novembro de 2020 “por motivos familiares”.
“A principal razão pela qual decidi solicitar o regresso às minhas anteriores funções tem a ver com a minha vida familiar que infelizmente não foi possível transportá-la toda para os Açores e esses nove meses de distância com a minha família foram bastante duros para mim”, declarou.
Sobre a relação com o Governo dos Açores, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, Tato Borges referiu ter existido as “normais incidências de um trabalho muito duro”, mas frisou que a “única” motivação que teve para abandonar as funções foram as “questões familiares”.
O médico especialista em Saúde Pública confirmou que, “desde maio”, pediu ao executivo açoriano para que “regredisse na abertura das medidas restritivas” de controlo da pandemia.
Tato Borges realçou que a sua demissão da Comissão de Luta contra a Pandemia na região não tem “efeitos imediatos”, pelo que formalmente ainda continua “em funções nos Açores”.
O médico destacou ainda que a nova matriz de risco da Covid-19 dos Açores, foi uma proposta da Comissão de Acompanhamento.
Tato Borges é vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública e, antes de coordenar o combate à pandemia nos Açores, exercia funções no agrupamento de Centros de Saúde do Grande Porto.