O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal denuncia a existência de um elevado número de problemas laborais nas Misericórdias e IPSS açorianas, pelo que admite o recurso a todas as formas de luta no combate à falta de soluções para estas situações.
O quadro tem vindo a agravar-se e a avolumar-se, motivo pelo qual o Sindicato tem tentado chegar à mesa de negociações com os responsáveis das misericórdias e IPSS, desde logo através da Secretaria Regional da Solidariedade Social, mas até ao momento sem qualquer sucesso.
Entre os problemas que os enfermeiros sofrem no dia a dia nestas instituições, o Sindicato lamenta a falta de pessoal, sobrecarga de horários, baixos ordenados, degradação do espaço e ambiente de trabalho, perseguição a quem denuncia falhas e problemas, obrigação de assinar documentos nos quais os enfermeiros não se reveem, não pagamento de horas extra, mudanças constantes do horário de trabalho depois de o mesmo ser homologado e períodos de trabalho com o número mínimo de enfermeiros.
O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal vai também estar atento ao recrutamento por parte das IPSS e Misericórdias por suspeitar que o programa Estagiar L pode ser utilizado para colmatar a falta de enfermeiros existente nestas instituições, pervertendo o seu objetivo de proporcionar experiência de trabalho aos jovens profissionais.
O sindicato recorda ainda que no final de 2020 foi celebrado um acordo entre o SINTAP e a União Regional das Misericórdias dos Açores, que consagrou aumentos salariais para os trabalhadores das 23 Misericórdias açorianas. Contudo, este acordo apenas beneficia os trabalhadores filiados no SINTAP, excluindo todos os outros.