Livro Da Vinha ao Vinho apresentado...
Para Carlos César, “essa é, aliás, uma boa razão para investirmos mais nessas instituições em algumas das nossas ilhas onde a dimensão e o valor da sua história bem o justifica”.
No caso presente, o governante sublinhou o papel dos três pólos do Museu do Pico na valorização do património cultural da ilha, “colaborando, decisivamente, em parceria com as mais diversas entidades públicas e privadas, na construção dessa identidade que é, com bem se sabe, tão associada aos históricos ciclos regionais da baleação e da vitivinicultura.”
Carlos César enquadrou as obras de valorização urbanística e paisagística do Museu da Indústria Baleeira, que inaugurava, na política governamental de requalificação e modernização de museus e bibliotecas, sustentando que o investimento nesses sectores “é um factor de qualificação da governação açoriana, mas é também uma resposta a necessidades de salvaguarda de um património disperso pelas ilhas e de iniciativas que não teriam desenvolvimento sem apoios públicos.”
Afirmando que, “mesmo em tempo de restrições financeiras é importante não romper com estas matrizes das políticas públicas”, o Presidente do Governo aludiu a outras obras recentemente realizadas, em curso ou já projectadas, como é o caso da construção de um Auditório no Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico, cuja empreitada espera que seja lançada a concurso ainda no corrente ano.
A intervenção levada a cabo no Museu da Indústria Baleeira permitiu a recuperação e reconversão dos edifícios da carpintaria, da tornearia-fundição, da tenda de ferreiro, do armazém de combustíveis e da garagem da camioneta – para fins museológicos, de exposição temporária, de reservas e de oficina – bem como a reabilitação paisagística de todo o logradouro interior.
“Esta reabilitação patrimonial deve igualmente ser entendida, para além da sua dimensão funcional e utilitária, como um exercício de cumplicidade e de coerência entre a herança e a inovação, entre a tradição e a modernidade”, realçou Carlos César.
Ao mesmo tempo, prosseguiu, “a instalação de um memorial na grande praça interior da Fábrica, convocando o imaginário da indústria baleeira insular e homenageando todos os homens e mulheres, actores anónimos, que fizeram parte da saga da baleação açoriana, figura como outro bom exemplo neste diálogo arquitectónico, confere ao espaço um carácter original e constitui-se como um elemento singular e diferenciador de todo o tecido edificado.”
O Presidente do Governo disse ainda que a exposição de fotografia que ali se encontra patente sobre a antiga Fábrica da Baleia de São Roque do Pico, Armações Baleeiras Reunidas, Lda. – actual Museu da Indústria Baleeira – permite uma evocação da história e “a reabilitação da memória em torno daquele que foi o maior e o mais importante complexo fabril e industrial baleeiro dos Açores.”
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