O dirigente sindical Luís Armas, do SINTAP – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos adiantou à agência Lusa que “os primeiros indicadores desta segunda jornada de luta é que a greve está a paralisar muitas creches, jardins de infância da região, lares de idosos, centros de dia e centros de atividades ocupacionais." .
Os trabalhadores das IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) e Misericórdias dos Açores cumprem desde as 00:00 de ontem um segundo período de greve, que se estende até às 24:00 de hoje.
De acordo com o dirigente sindical, o segundo período de greve “está a ter expressão bastante significativa em sete ilhas dos Açores, à exceção das Flores e Corvo, que têm sempre uma adesão fraca”.
Luís Armas disse que, após várias reuniões com a URMA e com a URIPSSA, “o impasse nas negociações continua”.
Luís Armas sustentou “as IPSS e Misericórdias receberam do Governo Regional, entidade financiadora, um reforço de quatro milhões de euros para 2021 e 2022, o que corresponde a um aumento de 16,5%, contemplando também uma majoração de 91 euros para quem aufere o ordenado mínimo regional”. “E não se pode receber milhões e querer dar aos trabalhadores tostões”, refutou.
De acordo com os dados divulgados pelo SINTAP/Açores, os primeiros três escalões de rendimentos dos trabalhadores afetos às IPSS e Misericórdias da região auferem todos o salário mínimo, uma vez que os seus vencimentos base não foram atualizados durante vários anos, e acabaram por ser “absorvidos” pelo ordenado mínimo regional.