O Governo dos Açores assinou hoje a escritura de compra e venda das antigas instalações da fábrica de conservas da Cofaco na cidade da Horta, que estavam abandonadas há dez anos, para instalar um centro de investigação marinha.
“Hoje assinámos a escritura de compra a venda dos imóveis da Cofaco, que já estão a ser vistoriados pelo LREC [Laboratório Regional de Engenharia Civil] e por empresas para levantamento topográfico,” explicou aos jornalistas o secretário regional do Mar e das Pescas, Manuel São João, após a assinatura da escritura, no Cartório Notarial da Horta.
O executivo regional está a preparar, entretanto, o lançamento do concurso para a elaboração do projeto de construção do futuro Tecnopolo Martec, um centro de investigação ligado às ciências do mar que será construído no local, com financiamento garantido no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Existem questões muito técnicas que têm de ser acompanhadas pela Secretaria Regional, mas também pela Universidade dos Açores (UAç), com quem temos parceria para desenvolver aquele empreendimento, que tem de estar concluída até ao ano de 2025, que é o prazo para a conclusão dos projetos do PPR, mas queremos antecipar, tanto quanto possível, as obras no Tecnopolo”, adiantou o governante.
Segundo explicou, a intenção é construir no local da antiga fábrica de conservas da cidade da Horta, encerrada em 2010, um centro de investigação ligado às ciências do mar, em parceria com o Departamento de Oceanografia e Pescas da UAç, para o desenvolvimento de atividades ligadas ao mar, desde as pescas à biotecnologia marinha, passando pelos biomateriais, recursos minerais e tecnologias marinhas.
“Será um centro de investigação que se pretende de excelência, que irá incluir também um polo relacionado com a aquacultura nos Açores, um ninho de empresas e o Parque Marinho dos Açores”, salientou Manuel São João, admitindo a possibilidade do futuro imóvel acolher ainda outros serviços.
A compra das antigas instalações da Cofaco na Horta, ilha do Faial, parte das quais estavam já em avançado estado de degradação, custou cerca de 1,3 milhões de euros.