O secretário regional dos Transportes e Turismo dos Açores revelou ontem que o executivo está a estudar soluções para os encaminhamentos interilhas gratuitos para passageiros aéreos não residentes no arquipélago, tendo em vista um “equilíbrio de fluxos turísticos”.
O secretário regional falava no plenário do parlamento açoriano, após uma declaração política do deputado socialista José Ávila sobre coesão regional e o fim dos encaminhamentos, considerados “mais um rude golpe das ilhas mais prejudicadas, que são sempre as mesmas”.
Mota Borges notou que os encaminhamentos gratuitos se mantêm “para os residentes nos Açores”.
A questão, explicou, é que o Governo teve de recorrer a um documento da União Europeia “onde estava expresso que os encaminhamentos eram só para residentes”.
Na bancada do PSD, António Vasco notou que as decisões do Governo não podem ser dissociadas da criação da Tarifa Açores, de voos interilhas para residentes até 60 euros.
Quanto aos encaminhamentos, defendeu que, “para os não residentes que vêm do continente, seja encontrada uma alternativa que traga alguma justiça e sirva outras ilhas que não recebem voos das [companhias] ‘low cost’”.
Rui Martins, do CDS, disse ser necessário avaliar se a região quer “um turismo de massas ‘low cost’ ou se pretende fazer mais com menos”.
Paulo Estêvão, do PPM, considerou importante repensar os encaminhamentos de não residentes para uma “distribuição de fluxos turísticos por todas as ilhas”.