A petição contra a extinção da Direção de Serviços de Conservação da Natureza na Piedade, apresentada por Emanuel Veríssimo, na qualidade de primeiro subscritor, foi debatida no plenário de janeiro da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Na petição os peticionários não aceitam a extinção da Direção de Serviços de Conservação da Natureza, nos Matos Souto da Piedade, por entendem “que a biodiversidade, a geodiversidade e as paisagens são elementos essenciais e determinantes da nossa identidade, contribuindo decisivamente para o bem-estar e dinamização das comunidades locais, e que o património natural, exige uma gestão cuidada para que possa continuar a ser usufruído no presente e pelas gerações futuras.
Para os peticionários quando seria de esperar que os resultados operados pela Direção de Serviços da Conservação da Natureza servissem para alavancar um processo mais amplo de descentralização de serviços públicos regionais por várias ilhas, a sua extinção constitui um enorme retrocesso nas expectativas de muitos açorianos que veem a descentralização administrativa como uma forma de aproximar os serviços dos cidadãos e de promover a coesão e o desenvolvimento territorial equilibrado do arquipélago dos Açores”.
Mário Tomé, deputado do PS, eleito pela ilha do Pico recordou que a Direção de Serviços da Conservação da Natureza foi criada, em 1998, no parque de Matos Souto, na freguesia da Piedade, tornando-se o primeiro serviço de âmbito regional sediado fora das três ex-capitais de distrito.
O deputado picoense não entende esta extinção numa ilha que tem contribuído para o sucesso ambiental dos Açores.
António Lima, deputado do Bloco de Esquerda, disse que a orgânica cabe ao governo, mas fez uma avaliação negativa desta decisão uma vez que transmite a ideia de querer centralizar.
Ideia diferente tem o deputado do PSD da ilha do Pico, Carlos Freitas, que explica que esta nova orgânica garante maior optimização de recursos e racionalização de custos, permitindo uma poupança de cerca de 126 mil euros por ano, sem afetar os açorianos.