O Secretário Regional do Mar e das Pescas, Manuel São João, defendeu ontem, em São Jorge, que é imprescindível um novo enquadramento legal para a gestão da apanha da amêijoa na Lagoa da Caldeira de Santo Cristo.
“É preciso evitar que a gestão e a apanha de amêijoa na lagoa continue a saque”, sublinhou o Secretário Regional, avançando que hoje é” um dia importante, porque marca o início dos trabalhos conducentes ao projeto de cogestão daquela atividade”.
Manuel São João falava à margem de uma reunião na Câmara Municipal da Calheta, que serviu para avaliar a implementação de um esquema de cogestão para a apanha de amêijoa na Lagoa da Caldeira de Santo Cristo, em São Jorge.
Segundo o governante, o projeto em causa permite “uma forma de cogestão pioneira nos Açores e que apenas existe com a apanha de percebes na Reserva Natural das Berlengas, regulamentada por uma portaria publicada em dezembro de 2021, após três anos de trabalhos”.
O Secretário Regional do Mar e das Pescas sublinhou que se trata de “um momento histórico e determinante para implementação de novos modelos de gestão aplicáveis às pescarias nos Açores.
“A partilha da responsabilidade, o assumir compromissos e o respeito mútuo entre os apanhadores, biólogos e entidades gestoras e fiscalizadoras é determinante para a correta exploração económica da amêijoa numa área classificada como reserva da biosfera”, sustentou o governante.
Este processo participativo resultou de uma parceria com a Fundação Blue Azores, através da Associação Natureza Portugal associada à World Wide Fund for Nature (ANP-WWF), que pretende “envolver todos os utilizadores da Caldeira, culminando na publicação de um quadro legal adequado”, clarificou ainda Manuel São João.
Fonte: azores.gov.pt