Os mestres, marinheiros e maquinistas da empresa pública Atlânticoline manifestaram-se ontem em frente à Assembleia Legislativa dos Açores, na cidade da Horta, apelando à intervenção dos políticos no conflito laboral que se arrasta desde dezembro.
“Nós temos toda a vontade em resolver esta situação! Isto já cansa todas as partes envolvidas, causa desconforto às pessoas que utilizam os navios da Atlânticoline e, portanto, nós achamos que está na altura de os políticos também se envolverem”, apelou Clarimundo Batista, do Sindicato da Marinha Mercante, em declarações aos jornalistas, no exterior do parlamento.
Para o dirigente sindical, os sucessivos pré-avisos de greve decretados desde dezembro de 2021, resultam, em grande parte, do volume de horas extraordinárias imposto pela administração da empresa a cada um dos trabalhadores, que o sindicato considera ser “ilegal”.
O representante nos Açores do Sindicato da Marinha Mercante acusa também a administração da Atlânticoline, entretanto remodelada, de não ter vontade de resolver o conflito laboral com os trabalhadores, adiantando que, se a greve tivesse ocorrido no verão (altura de maior movimento de passageiros), o problema já estaria resolvido.
A Atlânticoline movimenta anualmente mais de meio milhão de pessoas.
Fonte: Jornal Açores 9