Mário Tomé lamentou que o PSD, o CDS e o deputado independente Carlos Furtado tenham chumbado a audição do Comandante Lizuarte Machado em Comissão de Economia, numa atitude que apelidou de “uma autêntica machadada na transparência e na democracia, como há muito não se assistia na Região”.
O parlamentar falava à saída da Comissão de Economia onde, com estas atitudes por parte destes partidos, se demonstrou que esta é “a maioria absoluta mais encardida que os Açores já viram”.
O grupo parlamentar do PS requereu a audição urgente do Comandante Lizuarte Machado, após este ter denunciado que terá sido alvo de ameaça de processo disciplinar por parte da sua entidade patronal, a Portos dos Açores, por um comentário feito na rede social Facebook.
Estes acontecimentos reportam à data de 28 de janeiro, alegando Lizuarte Machado que foi confrontado, pelo Conselho de Administração da Portos dos Açores, empresa onde desenvolve a sua atividade profissional, com a ameaça de “instauração de um processo disciplinar, por alegada deslealdade e declarações insidiosas para com o Secretário Regional da tutela e com o Conselho de Administração da Portos dos Açores”.
Para o Partido Socialista é “inadmissível que um cidadão, que é funcionário de uma empresa pública, tenha sido chamado para uma reunião intimidatória, com o objetivo de condicionar a liberdade de expressão, direito constitucionalmente consagrado”.
A estas atitudes, soma-se agora este chumbo de audição do Comandante Lizuarte Machado em Comissão de Economia, que poderia ajudar a esclarecer este episódio.