Depois do jogo da primeira volta em que os bracarenses tinham vendido bem cara a derrota na ilha montanha, previa-se um jogo muito complicado para os comandados de Carlos Dantas no Pavilhão das Goladas na cidade dos arcebispos, tendo também em consideração a valia individual dos jogadores da equipa minhota.O jogo começou com um ritmo vivo e agradável numa toada de parada e resposta.Aos 5,35min Jorge Silva abriu o activo. Contudo, a equipa da casa reagiu e 30 segundos depois Rodrigo Sousa repôs a igualdade com alguma sorte, já que a bola terá alterado a sua trajectória ao bater no stick de Montivero.Pouco mais de um minuto depois, na sequência de uma perda de bola em zona proibida e de forma sobranceira e até infantil, Pedro Alves isolou-se e deu a volta ao marcador.Os picarotos acusaram o golpe e pareceu terem caído num estado de anestesia, já que parecia terem perdido inspiração e muita da força colectiva que já evidenciaram.Aos 13,05min nova desatenção e descoordenação provocou uma nova perda de bola em zona proibida e Sapo não perdoou, aumentando a vantagem da sua equipa para 3-1, resultado com que se chegou ao intervalo.O intervalo trouxe um Candelária com mais vontade mas nem por isso com mais clarividência e tranquilidade.Apesar do querer e da entrega, a equipa picarota nunca conseguiu exibir um hóquei ao seu nível, insistindo num jogo muito individualizado e atabalhoado, muito longe da equipa calma, fria e com alto sentido de colectivo doutras jornadas e doutras noites.Foi mais com o coração e com alguma raiva que Sérgio Silva ainda conseguiu reduzir para 3-2 a 11,45min do fim e, mesmo não jogando bem pode dizer-se que foi a soberba exibição do veterano e ex-internacional da equipa de Braga Guilherme Silva que evitou que os verde-brancos obtivessem outro resultado.Já em desespero de causa e mesmo em situação de power-play (após um cartão azul mostrado a Jorge Silva por protestos devido à forma como o árbitro Paulo Santos sancionou a 10ª falta colectiva do Candelária) a equipa picarota foi atrás do prejuízo e depois de não ter conseguido desfeitear João Miguel na conversão do livre directo relativo á 10ª falta, Sapo viria a concretizar um contra-ataque em que ficou cara a cara com o guardião picaroto.Um castigo algo pesado para o Candelária, apesar da exibição pálida.Cinco pontos perdidos nas duas ultimas deslocações para o campeonato deixam a equipa a 10 pontos do terceiro lugar e, depois das palavras cruas do técnico Carlos Dantas à reportagem da Rádio Pico, em que apontou o dedo para os erros individuais de alguns do elementos mais experientes e em que alertou para o facto de não aceitar uma eventual falta de ambição face à distância pontual da equipa relativamente ao terceiro e quinto classificados, deverá ser hora da equipa cerrar fileiras e em conjunto com o técnico e respectiva direcção, com sensibilidade, humanismo e ambição conjunta, fortalecer o seu espírito de grupo e de clube e voltar a partir, mais unida e consequentemente mais forte, para as muitas conquistas que ainda há para fazer na presente época que ainda está muito longe do fim… Ficha do jogo – Campeonato Nacional da 1ª Divisão – 21ª jornada – 05.03.11Pavilhão das Goladas, BragaÁrbitros: José Pinto / Paulo Santos (Porto) / Cristina Costa (Porto) HÓQUEI CLUBE DE BRAGAGuilherme Silva; Rodrigo Sousa, Nuno Teixeira “Fellini”, Pedro Alves e Tiago Barbosa “Sapo” (cinco inicial)Jogaram ainda: Vitor Oliveira “Viti”, Jorge Faria e Helder NunesNão utilizados: Filipe Miranda e André TorresTreinador: Vitor Silva Disciplina: Golos: Rodrigo Sousa (6,05’), Pedro Alves (7,15’), Tiago Barbosa (13,05’ e 48,45’) CANDELÁRIA SCJoão Miguel; Tiago Resende, Sérgio Silva, Jorge Silva e Martin Montivero (cinco inicial)Jogaram ainda: Mauro Fernandez e Maxi OlivaNão utilizados: João Costa, João Matos e Edgar Pereira Treinador: Carlos Dantas Disciplina: cartão azul para Jorge Silva (47,15’)Golos: Jorge silva (5,35’) e Sérgio Silva (38,15’) Marcha do marcador: 0-1, 1-1, 2-1, 3-1 (intervalo), 3-2, 4-2 (final)Resultado final: HC Braga 4-2 Candelária SC Nuno Santos – Rádio Pico