A Secretária Regional da Educação e dos Assuntos Culturais assegura que os alunos ucranianos que cheguem as escolas da região terão adaptações curriculares para promover uma “integração efetiva na comunidade e no sistema de ensino”.
Sofia Ribeiro garante não haver uma perda de tempo nas aprendizagens dos alunos e que, na medida do possível, o tempo que eles estão nas escolas açorianas possam repercutir-se numa certificação para efeitos curriculares, como sucede no resto do país.
O documento que estabelece as normas de integração dos alunos refugiados da Ucrânia no sistema de ensino Regional foi publicado em Jornal Oficial.
Para Sofia Ribeiro, o aluno que esteja a “desenvolver aprendizagens”, deve ver essas aprendizagens “devidamente avaliadas”, para depois serem reconhecidas, “não somente no sistema de ensino português, mas também se regressarem ao seu país”
A governante explicou que a admissão dos alunos na escola deve ser “logo acompanhada pelos serviços de psicologia e orientação, que vão aferir da condição e das necessidades especiais que estes alunos tenham na sua integração, quer curricular, quer na sociedade”.
Para Sofia Ribeiro, o domínio da língua portuguesa é “absolutamente essencial”, para a integração na sociedade “e não apenas para a progressão de estudos”.
Para isso, os alunos terão obrigatoriamente a disciplina Português Língua Não Materna, lecionada por professores das escolas em que estão integrados.
No currículo de cada aluno será ainda dada prioridade “às áreas das expressões artísticas e motoras”, aulas em que “o domínio do Português é menos essencial, e que propiciam uma maior integração no grupo da turma”.
As escolas da Região já integraram 26 alunos, entre os três e os 15 anos, distribuídos pelos vários ciclos e níveis de ensino, nas ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Faial, Flores e Corvo.
Gacs/RP