O Bloco de Esquerda entregou ontem no parlamento uma proposta para aumentar o complemento regional ao salário mínimo de 5% para 7,5%, o que se traduz num aumento mensal de 17,63€, e um aumento anual de 246,82€, para os trabalhadores com rendimentos mais baixos.
O objetivo é contrariar os efeitos do aumento da inflação que está a provocar uma significativa diminuição do poder de compra.
Esta medida, dirigida aos trabalhadores que recebem os salários mais baixos no sector privado, junta-se a outras já apresentadas pelo Bloco de Esquerda, como o aumento da remuneração complementar para os trabalhadores da administração pública com salários mais baixos, o aumento dos complementos regionais de pensão e de abono de família, e a regulação de preços através do estabelecimento de margens máximas de comercialização em produtos de primeira necessidade.
Estas medidas pretendem dar uma resposta global ao problema da perda de poder de compra, abrangendo os trabalhadores do sector público e do sector privado e controlar preços de bens essenciais como forma de evitar a especulação através da fixação de margens máximas de comercialização.
O Bloco de Esquerda considera que o aumento do salário mínimo regional terá um impacto muito significativo na economia porque irá abranger muitos milhares de trabalhadores.
De acordo com dados de 2020 mais de 18 mil trabalhadores recebem o salário mínimo nos Açores, o que corresponde a 37% dos mais de 50 mil trabalhadores por conta de outrem.
Esta medida torna-se fundamental para permitir melhores condições a milhares de famílias para enfrentar as dificuldades provocadas pela diminuição do poder de compra.