Mário Tomé e Marta Matos alertaram que os pescadores Açorianos “devem poder contar com as mesmas quotas de pescado deste ano, em 2023”, embora a “desorganização e má gestão de quotas realizadas pelo Governo possa colocar isso em causa”.
Os deputados socialistas eleitos pela ilha do Pico falavam após reunir com a Direção da Associação de Armadores de Pesca Artesanal do Pico.
Os socialistas defendem que os Açores devem conseguir manter as 600 toneladas para a captura de Goraz e as 123 toneladas para os Alfonsins/Imperadores, até porque em 2023, ao que tudo indica, a Região terá mais 15% de áreas marinhas protegidas e seria mau de mais que os pescadores perdessem quotas e área de pesca.
Os deputados defendem que o Governo Regional deve diligenciar junto do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES) a importância das quotas de pesca para os Açores e comprovar que estas se devem manter, por questões de sustentabilidade”.
Mário Tomé e Marta Matos recordam que as “vendas do Goraz representam mais de 9 milhões de euros e o Imperador mais de 2 milhões de euros”, um “impacto financeiro muito grande nas nossas comunidades piscatórias”.
Os deputados lembraram ainda que o setor atravessa um “momento muito difícil”, em que “os custos de produção e os consumíveis da pesca aumentaram de uma forma drástica”, o que cria muita instabilidade, uma vez que “este aumento de custos, na maior parte das vezes, não se reflete no preço de venda do peixe ao consumidor”.