O Conselho Regional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável aprovou esta semana a interdição de crianças até aos 5 anos à montanha do Pico. Na mesma reunião que decorreu em Ponta Delgada ficou também definido que os menores entre os 5 e 16 anos só podem aceder à montanha mediante a apresentação de um termo de responsabilidade e acompanhados por um adulto.
Os membros do Conselho Regional aprovaram ainda um conjunto de alterações ao nível dos resgates, com a definição dos critérios de quando é aconselhado ou não o acesso à montanha e também a aplicação de um custo de 1800 euros quando o acesso não for autorizado e existir a necessidade de um resgate, ou quando for solicitado um resgate sem uma devida justificação.
Segundo o Jornal Ilha Maior, o presidente da Associação de Guias da Montanha (AGM), Marco Silva, lamenta que não tenham sido atendidas algumas sugestões apresentadas ao Conselho Regional, entre elas as subidas autónomas noturnas serem obrigatoriamente acompanhadas por um guia para evitar a destruição do trilho e do piquinho. “Durante a noite o risco é muito maior para as pessoas que sobem autonomamente e há um maior impacto no piquinho. Há uma elevada percentagem de autónomos que não conseguem identificar o trilho correto do piquinho, subindo por zonas diferentes, com maior impacto na sua erosão”, assume Marco Silva à mesma fonte.
O presidente da AGM lamenta por outro lado que o Conselho Regional continue sem incluir representantes dos guias de montanha, assumindo que uma presença naquele órgão seria importante para opinar sobre as decisões tomadas para a reserva natural.
Ilha Maior/RP