O Hospital da Horta renovou a sua autorização para a colheita de órgãos de dador falecido em morte cerebral, após uma avaliação realizada no final do mês passado pela Direção Geral da Saúde (DGS).

A autorização que vigorava desde 2015, foi renovada, pela DGS que considera que o Hospital da Horta “cumpre os requisitos essenciais impostos pela legislação em vigor, pelo que, em matéria de qualidade e segurança, reúne as condições necessárias para que seja renovada a autorização”.

“Esta autorização é uma mais-valia para o Hospital. Desta forma, é possível destinar os órgãos colhidos de doentes em morte cerebral aos utentes que se encontram a aguardar transplante”, considera Teresa Faria Ribeiro.

A presidente do Conselho de Administração do Hospital da Horta reconhece ainda o envolvimento de todos os profissionais de saúde nesta renovação. “Trata-se de mais um exemplo em que os profissionais de saúde demonstram a sua disponibilidade para bem dos utentes”, acrescenta.

No Hospital a coordenação deste processo é da responsabilidade da médica Aida Paiva que vê a doação como um gesto fundamental para a promoção da vida. “A doação de órgãos é um procedimento médico que permite salvar vidas, uma vez que os órgãos doados são transplantados em doentes em grandes dificuldades pela falência dos seus próprios órgãos. É considerado um dos maiores atos de bondade e compaixão entre seres humanos, por ser promotor de vida”, afirmou lembrando que todos os portugueses, inclusive os estrangeiros residentes em Portugal, são potenciais dadores. Para tal não acontecer têm de estar inscritos no Registo Nacional de Não Dadores.

Em relação à instituição estar autorizada à colheita, a médica lembra que “o processo de doação e transplantação é um processo exigente, que exige qualidade nos procedimentos, confidencialidade, um respeito estrito pela legalidade e pela ética médica e rastreabilidade de tudo o que acontece”.

No total, desde 2015, o Hospital da Horta já teve cinco dadores que cumpriam os critérios e que permitiram salvar várias vidas.

HH/RP