Na passada semana, a equipa do programa MoniCO, da Okeanos, apresentou os resultados da monitorização às populações de lapa brava nos Açores e discutiu, em conjunto com a administração e representantes do setor, algumas recomendações de medidas de gestão para a exploração sustentável da lapa-brava, baseada no melhor conhecimento científico disponível (biologia/ecologia, histórico de exploração, avaliação/gestão do recurso e ameaças).
Entre as medidas mantém-se a suspensão da apanha desta espécie. Pedro Afonso, investigador do programa MoniCO, em entrevista à Antena 1 Açores, revelou que, embora exista uma recuperação de stock da espécie em causa, ainda não existem quantidades animadoras, principalmente com o período de incerteza que se atravessa.
Com o possível aumento do turismo, o stress ambiental causado por espécies invasoras e as próprias alterações climáticas são alguns dos fatores que aumentam a pressão sobre os recursos costeiros.
A informação divulgada resultou da análise de informação histórica sobre os desembarques em lota da lapa brava (desde os anos 80), e de uma monitorização independente realizada em todas as ilhas do arquipélago, num total de 140 mergulhos e mais de 10 000 lapas amostradas.
OKEANOS/ Antena 1/RP