O Grupo Parlamentar do PS/Açores denunciou, na passada semana, que o Governo de coligação, passados mais de 2 anos, continua sem saber o que fazer com a «Marca Açores», sendo preocupante a falta de informação quanto à sua promoção e gestão, sobretudo desde a extinção da SDEA- Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores.
Num requerimento assinado pelos deputados socialistas, Carlos Silva e Rui Anjos, é sublinhada a indefinição que se criou à volta do futuro da «Marca Açores», com integração nos serviços da Secretaria Regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, que originam um conjunto de dúvidas que têm de ser esclarecidas.
Para isso, como refere o deputado Carlos Silva, a 30 de novembro de 2021, o “ Governo Regional da direita, tornou público que havia lançado um concurso público internacional com vista à redefinição de uma estratégia da «Marca Açores» no horizonte dos próximos 10 anos. Ora, hoje, sabe-se, porque é público, que o procedimento para a aquisição dessa estratégia foi lançado com o preço base de 350 mil euros, tendo o anúncio sido retificado 48 horas depois e, mais tarde, objeto de uma prorrogação por mais 45 dias”, referiu o socialista, acrescentando que desde essa data, ao consultar o Portal Base da contratação pública, “verificamos que o concurso está em banho-maria”.
O parlamentar socialista considera, também, ser necessário esclarecer o contrato de prestação de serviços para a criação de um plano de comunicação da «Marca Açores», celebrado no âmbito do seu processo de reestruturação e que deveria vigorar até 31 de dezembro de 2021.
“Numa consulta ao Portal Base da contratação pública constatamos que a 18 de outubro de 2021, 48 dias antes do concurso internacional ser lançado, o mesmo departamento, pela mão do mesmo Secretário Regional, Duarte Freitas, celebrava, com a empresa Azores X, sedeada em São Roque do Pico, um contrato de prestação de serviços para a realização de um plano de comunicação e criação de um memorando analítico da Marca Açores, por mais de 74 mil euros”, referiu Carlos Silva, para salientar que “não se conhecem desenvolvimentos dessa adjudicação, por ajuste direto, à Azores X, de um plano de comunicação e de um memorando analítico.”
Sendo a «Marca Açores» desde a sua criação, em 2015, “uma história de sucesso nas políticas públicas de valorização dos produtos e da produção dos Açores”, fruto de uma ação promovida pelos governos do Partido Socialista, os deputados do PS questionaram no requerimento entregue “qual o ponto de situação do concurso público internacional para a redefinição da estratégia de marca para os Açores 2022-2032”, e ainda “o número de propostas entregues e de que entidades”.
PS/RP