A comissão de ilha do Pico do PCP reuniu esta semana para analisar a situação política e social, tanto a nível local como regional, e traçar as principais linhas de intervenção política.
Em comunicado, o PCP afirma que, no Pico, a "situação social agrava-se, devido essencialmente à política de direita, tanto do Governo da República do PS, como do atual do Governo Regional da coligação de direita apoiada pela extrema-direita, apostada em manter baixos os salários e as pensões".
Em relação às dificuldades sentidas pela população, estas também "resultam da falta de medidas para combater os sucessivos aumentos dos preços dos bens alimentares, a subida do custo do crédito à habitação, que já está a provocar situações dramáticas, as rendas de casa com valores proibitivos, e da insuficiente resposta na saúde, educação, transportes e nas diversas áreas dos serviços públicos".
Criticando o aumento substancial do turismo, este não se reflete na melhoria das condições de vida de muitos picoenses, e nem sequer nas vidas dos que diretamente trabalham no sector. Pelo contrário, em muitos casos "estes trabalhadores estão confrontados com a desregulação dos horários, precariedade, baixos salários, tendo como referência o salário mínimo regional", lê-se na nota.
Na habitação, o PCP defende que é preciso enfrentar o problema do aumento brutal das taxas de juro do crédito à habitação e anunciou que tem vindo a apresentar um conjunto de propostas na Assembleia da República, para que fossem os lucros dos bancos a assumirem o aumento dos juros, mas estas medidas foram rejeitadas.
Na Região, para travar a escalada do aumento dos custos da habitação, o PCP defende uma estratégia articulada entre Governo Regional e Autarquias, para que existam mais habitações a custos controlados seja para aquisição ou arrendamento.
PCP/RP