Segundo o Jornal Ilha Maior, a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico(CVIP) liquidou o total das uvas compradas em 2022, num valor de 230mil euros (50% do que faltava pagar). Entrando na campanha de 2023 com tudo pago em relação ao ano anterior.
Losménio Goulart, em declarações à mesma fonte, recordou que “é importante que todos os sócios que, porventura, ainda não entregaram a declaração de colheita e de produção que o façam para se liquidar o valor em falta”. Segundo o presidente, a CVIP está otimista para a campanha de 2023, com tudo pago aos sócios e com confortável situação financeira, “A CVIP vai voltar a pagar as uvas a preços substancialmente superiores ao que se pagava há três ou quatro anos”, revelou.
A Cooperativa continua à procura de novos mercados e a crescer em mercados internacionais no continente português, o que significa um crescimento acumulado de 25%, nos primeiros sete meses de 2023, prevendo-se na colheita de 2023, um crescimento da produção em duas vezes e meia a produção do ano anterior. No entanto, “o míldio e a praga estão a prejudicar muito a produção. Se não houver políticas de controlo de pragas, este problema vai ser crescente todos os anos. Deveria haver alguma abertura para caçar espécies protegidas” –acrescentou Losménio Goulart. De facto, o pombo torcaz, a rola, o melro preto, o estorninho estão a causar muito prejuízo nas vinhas. Até as lagartixas estão a prejudicar a uva e já não existem produtos à venda para as combater. Isto para não falar no coelho que, no inverno, também faz a sua intervenção, sobretudo nas plantas novas, como revelou ao Ilha Maior o presidente da CVIP.
IM/RP