De acordo com o primeiro relatório técnico, o incêndio que deflagrou em maio no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em São Miguel, teve origem nas baterias dos condensadores.
Segundo a secretária regional da Saúde, o relatório técnico de averiguação das causas do incêndio, solicitado ao conselho diretivo dos Açores da Ordem dos Engenheiros, foi entregue “no início da semana passada”, mas o conselho de administração do hospital aguarda ainda por um “relatório detalhado”.
O relatório técnico “resultou de visitas ao local do incêndio, da audição de trabalhadores e da análise de documentação solicitada pelos peritos”.
Mónica Seidi disse que o documento já entregue apresenta as conclusões e faz recomendações ao conselho de administração e “uma sugestão ao Governo Regional quanto às necessárias medidas a adotar”.
No entanto, a tutela decidiu não tornar público o documento, neste momento, uma vez que decorre um processo de inquérito e averiguações pela Polícia Judiciária e o conselho de administração do HDES “enviou um requerimento ao juiz de instrução criminal a solicitar a junção aos autos deste relatório”.
A governante revelou, ainda assim, que o relatório concluiu que a origem do incêndio esteve “nas baterias dos condensadores”.
Sem revelar qual foi a sugestão dada ao executivo açoriano no relatório, Mónica Seidi disse que era uma medida que “o Governo Regional já pensaria adotar”.
A governante adiantou, contudo, que “todos os quadros elétricos do hospital já foram até à data de hoje inspecionados, ao nível do risco de incêndio”.
A titular da pasta da Saúde referiu ainda que, “durante esta semana”, o grupo de trabalho criado para avaliar os danos do incêndio no HDES “submeterá à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores o primeiro relatório preliminar produzido neste âmbito, após três reuniões que já aconteceram desde 31 de maio”.
Açores 9/RP