O concurso para a construção de dois barcos elétricos para a empresa de transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores (Atlânticoline) poderá ser anulado, depois de o consórcio que venceu o concurso ter recusado assinar o contrato.
O consórcio vencedor veio solicitar alterações, quer ao prazo de execução, quer às características técnicas dos navios, alterações essas que contrariavam o que estava definido no caderno de encargos”, explicou à Lusa a presidente do Conselho de Administração da Atlânticoline, Isabel Dutra.
Segundo a administradora da empresa pública, o consórcio vencedor do concurso para a construção de dois barcos elétricos, composto pelas empresas Transinsular e Navaltagos, não quis assinar o contrato perante a recusa da Atlânticoline em alterar o caderno de encargos, que previa uma verba de 25 milhões de euros para o investimento.
A Atlânticoline está agora a tentar saber, junto do gabinete jurídico, quais serão os próximos passos a tomar, sendo certo que a construção dos barcos tinha prazos definidos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Isabel Dutra disse ainda esperar que, até ao final da semana, a Atlânticoline possa tomar uma decisão sobre o assunto, que pode passar por uma adjudicação direta a um dos outros concorrentes ou pelo lançamento de um novo concurso público.
Acores9/RP