O líder parlamentar do PSD/Açores, João Bruto da Costa, manifestou a sua “discordância e preocupação” com o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em sete concelhos da Região.
Para João Bruto da Costa, o fecho de balcões de atendimento da CGD nas ilhas de São Miguel, São Jorge, Pico e Flores “põe em causa a coesão social e territorial, sendo particularmente prejudicial para os cidadãos que têm baixa literacia financeira e digital”.
Segundo o líder parlamentar, “o PSD/Açores sempre entendeu que a CGD tem como missão, enquanto entidade pública, assegurar um serviço com rapidez e proximidade. Mesmo que se avance com a instalação de agências sem tesouraria presencial e só com máquinas automáticas, não pode ser descurado o funcionamento de balcões com atendimento ao público”.
O social-democrata afirmou a sua discordância, por se tratar de um banco público e, por isso, com responsabilidades ao nível do serviço público”.
Também o PS/Açores manifestou a sua preocupação face à possibilidade de a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vir a proceder à redução de serviços na Região, numa decisão que constituirá “um retrocesso na coesão territorial do país”.
De acordo com Francisco César, e sendo esta uma das mais relevantes instituições financeiras do sistema bancário nacional, “o Governo e, sobretudo, o Ministério das Finanças, não podem desresponsabilizar-se deste assunto”.
Frisando que esta instituição bancária apresentou, em 2023, lucros “que ascenderam a 1291 milhões de euros” e que já no primeiro semestre de 2024 registou “um valor de 889 milhões de euros”, Francisco César lamentou que a CGD pretenda “transformar dezenas de agências em todo o país, em espaços mais pequenos e com menos serviços e sem o adequado atendimento presencial, que é especialmente importante em territórios habitados por idosos e por pessoas com uma baixa literacia financeira e digital”.
Nesse sentido, Francisco César questionou o Ministro das Finanças sobre a posição do executivo relativamente a esta matéria.