O Deputado da Iniciativa Liberal (IL), Nuno Barata, afirmou que o Governo Regional da coligação “não é a solução para os problemas dos Açores”, porque “este Governo é o problema”, acusando a coligação de disparar o endividamento, não conseguir aproveitar os fundos comunitários e de atirar a Região para as barras dos tribunais.
Na declaração final que proferiu, no âmbito do debate em torno das propostas de Plano e Orçamento da Região para 2025, Nuno Barata insistiu que a “gestão da dívida pública tem de ser um desígnio regional” e propôs “um novo modelo de gestão financeira” que “exige um orçamento de base zero e a priorização de investimentos em setores estratégicos que gerem retorno e sejam sustentáveis”.
A título de curiosidade, o deputado lembrou que os Açores vão pagar em juros, no próximo ano, 11 vezes mais do que o orçamento total da Secretaria Regional das Comunidades e mais do que os orçamentos das Secretarias Regionais do Mar, da Habitação e do Ambiente, as receitas já não cobrem as despesas de funcionamento, pelo que o Governo estima um défice orçamental de 150 milhões de euros, em 2025 e nos Fundos comunitários - Plano de Recuperação e Resiliência, os Açores tinham, este ano, disponíveis mais de 725 milhões de euros; até 30 de setembro passado, a Região executou apenas 32% desse valor (231 milhões)”.
Continuando, Nuno Barata frisou ainda que nos últimos tempos, tudo o que o Governo diz que vai fazer acaba nas barras dos tribunais e destacou a privatização da Azores Airlines, os navios elétricos, a atribuição de apoios no âmbito do anterior quadro comunitário de apoio, levou o Banco de Fomento a levar a Região a Tribunal, exigindo a devolução de verbas e a concessão a privados das Termas do Carapacho.