Os números finais (1-7) da vitória de ontem do Candelária na cidade dos Arcebispos podem ser algo exagerados mas têm o condão de não deixar dúvidas quanto ao nível da exibição realizada.Os ontem liderados por Paulo Matos – não só realizou extraordinária exibição na baliza como foi a voz de comando na ausência de Paulo Batista – entraram em campo bem cientes e compenetrados da sua missão. Defensivamente consistentes, unidos e solidários, também atacavam e contra-atacavam com a propósito e, viram o seu ascendente premiado com um golo sensivelmente a meio do primeiro tempo por Maxi Oliva.Na primeira vez que o Braga conseguiu criar desequilíbrio defensivo nos verde-brancos o virtuoso Tiago Barbosa (Sapo), em contra-ataque, bateu o guardião picaroto com um gesto técnico de arregalar o olho. Faltavam 7,30min para o intervalo. Impulsionados e motivados com o golo da igualdade, os bracarenses cresceram e conseguiram algum ascendente no jogo tendo também, até ao intervalo, feito brilhar Paulo Matos.O inicio da segunda parte viria, no entanto, a marcar definitivamente o rumo de todo o jogo.Decorria 1,30min (26,30min de jogo) quando Mauro Fernandez fez o segundo golo picaroto com uma stickada violenta de meia distância. Protestaram os homens da casa uma eventual falta sobre o seu guardião antes do remate do argentino do Candelária e, na sequência desses protestos, Rodrigo Sousa viu o cartão azul directo e colocou os picarotos em posição de power-play (um jogador a mais).Atacando com alguma paciência, os homens da ilha montanha conseguiram voltar a marcar mesmo no final do tempo de exclusão do jogador do Braga por intermédio de Sérgio Silva (terceiro melhor marcador do campeonato) e começou a vislumbrar-se a, a partir daí, a queda e a rendição da equipa da casa, que protestava constantemente pelas decisões da dupla de arbitragem (muito fraquinha, diga-se em abono da verdade, mas para o jogo no seu todo).Até ao final assistiu-se ao avolumar do resultado, essencialmente nos ultimos dez minutos, com momentos de hóquei de grande espectacularidade, quer na geometria das jogadas quer no virtuosisimo na finalização.Em Noia será seguramente mais, muito mais, complicado…Ficha do jogo – Campeonato Nacional da 1ª Divisão – 17ª Jornada – 03.03.10Pavilhão das Goladas, BragaÁrbitros: Jerónimo Moura (Porto) / Porfírio Fernandes (Porto) / Sílvia Coelho (Porto)H.C. BRAGAGuilherme Silva; Joel Coelho, Rodrigo Sousa, Nuno Araújo e Nuno Teixeira (Fellini) (cinco inicial) Jogaram ainda: Tiago Barbosa (Sapo), Márcio Fonseca e Álvaro PintoNão utilizados: Pedro Santiago e Tiago CrespoTreinador: Vitor SilvaDisciplina: cartão azul para Rodrigo Sousa (26,30’)Golos: Sapo (17,30’)CANDELÁRIA SCPaulo Matos; Tiago Resende, Sérgio Silva, Rui Ribeiro e Maxi Oliva (cinco inicial)Jogaram ainda: Mauro Fernandez e André MoreiraNão utilizados: Milton jorge, Edgar Pereira e João MatosTreinador: Paulo Matos (na ausência de Paulo Batista)Disciplina: cartão azul para Mauro Fernandez (44,40’)Golos: Maxi Oliva (13,45’), Mauro Fernandez (26,30’ e 43,25’), Sérgio Silva (28,25’ e 44,10’) e Rui Ribeiro (46,50’ e 49,55’)Marcha do marcador: 0-1, 1-1 (intervalo), 1-2… 1-7Resultado final: HC Braga 1-7 Candelária SC Nuno Santos – Rádio Pico