Paulo Casaca, antigo membro do Parlamento Europeu e fundador da Iniciativa para a Reforma do Euro, apresentou ontem o livro “Reforma do Euro 2014 – uma proposta” na Escola Cardeal Costa Nunes na Madalena do Pico. Paulo Casaca, que já foi eurodeputado socialista pelos Açores, concorre agora a nível nacional pela coligação "A Nossa Europa", com o apoio do Partido Democrático do Atlântico, da Associação Portuguesa do Partido dos Federalistas Europeus e da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa. No livro, que foi apresentado pelo escritor e amigo Manuel Tomás Costa, Paulo Casaca assume que a reforma do Euro e da Europa é uma das prioridades da sua candidatura e propõe uma reforma da União Económica e Monetária (UEM) assente em três pilares. O "combate aos desequilíbrios das contas externas"; "uma verdadeira regulamentação da banca que a ponha ao serviço da economia, da sustentabilidade do desenvolvimento e do emprego acima de tudo" e "a necessidade de se proceder a uma harmonização tributária de forma a combater a evasão e as distorções fiscais". Em declarações à Rádio Pico, Paulo Casaca reconheceu que a reforma do Tratado de Maastricht tarda em acontecer porque "a banca tem tido uma resistência tremenda à sua reforma" e porque "alguns estados membros, como é o caso da Alemanha que tem os maiores excedentes económicos do mundo, não se preocupam com o efeito que esses excedentes têm nos desequilíbrios macroeconómicos globais". O candidato às europeias considera que se esta reforma for feita estamos em condições de dar um novo fôlego à Europa e defende que o processo de reforma deve começar com a nomeação de um grupo de trabalho europeu de alto nível. Em relação aos Açores, o candidato disse que temos de pensar na Região como centro e não como periferia e admitiu que existem modelações que são necessárias, como por exemplo aquela de que usufrui a Região Autónoma dos Açores como região menos desenvolvida.