Artur Lima, Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, defendeu, este sábado, “a extinção da SAUDAÇOR”, o fim do “hospital-centrismo” e uma “aposta clara nos cuidados primários de saúde” como forma de reduzir os défices do Serviço Regional de Saúde que lamentou “está na falência”, gerido por um Governo que “não tem rumo, nem estratégia”. No discurso final das Jornadas Parlamentares dos democratas-cristãos insulares, Lima exigiu ainda o cumprimento de uma proposta do CDS-PP, aprovada por unanimidade, na Assembleia Regional, e que ainda não saiu do papel: “falta a actualização das diárias dos doentes deslocados e a contratualização do alojamento convencionado”. Virando agulhas para a gestão financeira, o líder da maior bancada parlamentar de sempre do CDS Açores acusou o Governo de ter declarado “falência” ao Serviço Regional de Saúde (SRS): “em 2000 tínhamos uma dívida astronómica; o Governo do Eng.º Guterres pagou. Em 2003 tínhamos uma dívida de 80 milhões; criou-se a SAUDAÇOR. Em 2006 estava tudo falido outra vez; criaram-se os Hospitais EPE. Em 2009 voltamos a ter uma dívida de 60 milhões. Em 2010 voltamos a fazer propaganda e a não resolver nada”. Artur Lima afirmou ainda que o CDS “não reconhece competência ao Conselho de Administração da SAUDAÇOR”, nem aos “Conselhos de Administração dos Hospitais”, exigindo “a extinção da SAUDAÇOR” e criticando “a partidarização” das administrações hospitalares: “entram para os Conselhos de Administração dos hospitais conforme as cores do cartão partidário, não pelas suas competências e qualidades”. O centrista lamentou também que “o Secretário Regional da Saúde seja um secretário de propaganda”, salientando que este “anunciou, há dias, a criação de uma Central de Compras do SRS” que, comprovou, “está criada por Portaria da tutela desde 2005”. Outro exemplo “da falta de rumo” é o caso recente da nomeação de uma Coordenador Regional de Saúde Pública: “em 1998 o Governo do PS extinguiu a Direcção Regional de Saúde Pública para empregar um boy na Direcção Regional de Cuidados de Saúde. Na altura era Director Regional de Saúde Pública o Dr. Carlos Lima. Doze anos depois o Governo cria um Coordenador Regional de Saúde Pública e nomeia para o cargo o Dr. Carlos Lima”, finalizou.