O número de cães abandonados na ilha do Pico continua a aumentar de forma exponencial e só nesta semana já foram recolhidos quatro animais. Segundo Helena Amaral, fundadora e presidente da ACANIL, a Associação está quase lotada e na semana passada tiveram de abater 11 cães. A presidente da Associação Ilha Negra – Amigos dos Cães Abandonados sublinha que as férias e a crise “não são argumentos para o abandono” e defende que a sociedade está a transmitir valores errados às futuras gerações. A ACANIL nasceu em 2002 e atualmente sobrevive com um subsídio anual da autarquia da Madalena que é aplicado na alimentação, na desparasitação interna e externa e no tratamento de doenças e de feridas dos cães que estão em cativeiro. Na ilha do Pico não existem dados estatísticos sobre a população canídea nem sobre raças perigosas e segundo Helena Amaral as juntas de freguesia continuam a não registar o número de cães abandonados na sua área. A presidente da ACANIL insiste que tem de existir “uma pedagogia porta a porta” e adverte para a necessidade de não pactuar com a violência sobre os animais até porque as denúncias são confidenciais. Atualmente os atos de crueldade contra animais podem ser punidos com dois anos de prisão, entre outras sanções.