A greve desta quinta-feira do pessoal da Segurança Social pode levar ao encerramento dos serviços de atendimento pois, segundo os sindicatos, os trabalhadores estão solidários na luta contra a colocação de 697 deles em requalificação. A Federação dos Sindicatos da Função Pública e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, que convocaram a paralisação, acreditam que a adesão ao protesto vai ser elevada, tendo em conta a disponibilidade manifestada pelos trabalhadores nos plenários realizados. As duas estruturas sindicais foram unânimes em salientar "a enorme solidariedade" existente entre os trabalhadores da Segurança Social, os que vão ser colocados em inatividade ao abrigo da requalificação e os restantes. O regime de requalificação prevê a colocação de funcionários públicos em inatividade, a receberem 60% do salário no primeiro ano e 40% nos restantes anos. Os funcionários com vínculo de nomeação, anteriores a 2009, podem ficar na segunda fase, até à aposentação, porque não podem ser despedidos. Já os funcionários com contrato de trabalho em funções públicas, posteriores a 2009, podem enfrentar a cessação do contrato, se não forem recolocados noutro serviço público no prazo de um ano.