"O número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção nos Açores dispara sempre em anos eleitorais”. A denúncia partiu, de Artur Lima, Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, que criticou o facto de “a nível regional, a atribuição do Rendimento Social de Inserção carecer de muita e melhor fiscalização”. Traçando um diagnóstico à prestação de apoio social no arquipélago, o Líder Parlamentar indicou a preocupação popular com o aumento do número de beneficiários: exemplificou que de Fevereiro de 2008 para Fevereiro de 2010 o número de beneficiários nos Açores aumentou de 18.378 para 21.182. O que significa que na Região e face à população residente identificada pelos últimos CENSOS a taxa de beneficiários desta prestação social é de 7,8%, ou seja, os açores ocupam o primeiro lugar no ranking nacional”. Intervindo sobre esta declaração política, Piedade Lalanda, do PS, disse ter conhecimento da realidade açoriana e questionou o CDS-PP para saber, o que fez aquele grupo parlamentar para combater esta situação, e como pode objectivar a fraude e ao mesmo tempo dizer que não há fiscalização. O PSD também interveio neste debate e concordou em parte com a intervenção do CDS-PP. Afirmou que é uma “medida descaracterizada e mal utilizada para cumprir aquele que é o seu objectivo” e recordou que o principal objectivo é “libertar as pessoas da pobreza e não um favor social”. A terminar André Bredford, secretário da presidência, opinou que para o governo, esta é uma “medida de protecção social fundamental”, e desmistificou algumas ideias.