A Filarmónica Lira Madalense fez na quarta-feira 118 anos, mas a data só foi assinalada no sábado com uma romagem ao cemitério, missa, um mini concerto e jantar para músicos, sócios e convidados. António Carlos Maciel, orador convidado para falar no dia de aniversário, disse que falar da história da Filarmónica Lira Madalense não é fácil, porque seriam preciso muitas horas para divulgar o caminho de ouro. O orador reconhece que as filarmónicas têm um papel importante no desenvolvimento da comunidade e dos açores pois dão continuidade ao que herdamos há mais de dois séculos. As filarmónicas são o maior movimento associativo da região e contribuem para o sentido de entidade cultural e as dificuldades são diferentes de instituição para instituição, por isso defende que não se pode legislar conhecendo apenas a realidade de uma ou duas ilhas. António Carlos pediu para que o apoio dado às filarmónicas continue e afirmou que é tempo de incentivar os jovens á prática da música por forma a elevar o nível cultural das bandas e contribuir para uma sociedade mais sã, contra os vícios que a sociedade oferece. José António Soares, presidente da Câmara Municipal da Madalena, felicitou a banda pelo aniversário e recordou que a instituição formou centenas de jovens sendo uma verdadeira escola de cidadania e de inclusão. Sem grandes promessas o presidente garantiu que vai continuar a colaborar com a filarmónica mais antiga do concelho. Os 118 anos da Lira Madalense terminaram com o cantar dos parabéns, com desejos de que continue por muitos e longos anos de grandes sucessos.