O ex-presidente da transportadora marítima dos Açores "Atlânticoline", Carlos Reis, admitiu, ontem, alterações nos cabeços dos navios "Gilberto Mariano" e "Mestre Simão", mas salvaguardou que ambos preenchem todos os requisitos exigidos pelas autoridades competentes. Carlos Reis foi de novo, inquirido, na comissão parlamentar de inquérito aos transportes marítimos nos Açores, a pedido da deputada do Bloco de Esquerda/Açores, na sequência dos acidentes com cabeços nos portos da Horta, Madalena e São Roque. O antigo responsável pela empresa declarou que os cabeços dos navios que operam nas ilhas do Triângulo estão 25% abaixo do que estava previsto no caderno de encargos, mas explicou que esta redução teve lugar porque a sua volumetria original dificultava a manobra dos marinheiros para a passagem de cabos para terra. Confrontado sobre o rebentamento dos cabeços que originaram os acidentes com os navios, Carlos Reis afirmou que “rebentou o mais fraco das três forças em presença” (cabos, cabeços de terra e do navio) e defende que Os cabeços têm que ser o elemento fundamental.