A Assembleia Regional aprovou um voto de protesto apresentado pelo Bloco de Esquerda, sobre a acção militar israelita contra a flotilha humanitária que se dirigia a Gaza no passado dia 31 de Maio, da qual resultaram nove mortes civis inocentes. O voto de protesto foi aprovado por maioria, tendo recebido os votos contra do CDS-PP e a abstenção do PPM. Classificando esta acção de Israel como “terrorismo de Estado”, a líder da bancada do Bloco de Esquerda lembrou que “nove cidadãos foram brutalmente assassinados pelo exército israelita, linchados por transportarem mantimentos para mitigarem a fome de milhão e meio de homens, mulheres e crianças, as quais, vítimas do bloqueio ilegal que Israel impôs a Gaza, sofrem rudes privações de bens essenciais”. “Niguém devia votar a favor de uma coisa deste género”, disse mesmo o líder do CDS-PP, grupo que acabou por votar isolado contra este voto, cujo objectivo era condenar um acto de violência praticado pelo Estado de Israel. O Bloco de Esquerda acusou ainda o Estado de Israel de dar continuidade à “ferocidade e arrogância patentes nesta acção contra o navio ‘Mavi Marmara’”, ao recusar aceitar a instauração de um inquérito internacional a realizar pelas Nações Unidas. Uma situação incompreensível. “O Bloqueio de Israel à população da Faixa de Gaza é ilegal e é, acima de tudo, um crime bárbaro contra a humanidade”, salientou Zuraida Soares. Emanuel Pereira/ Rádio Pico