O secretário regional dos Transportes dos Açores disse que o prolongamento da greve dos estivadores penaliza "fortemente" as regiões autónomas, alertando que a deslocação de mercadorias para o porto de Leixões terá custos para o consumidor final. Para o governante que tutela o Turismo e o Transportes nos Açores, "este prolongar da greve é, mais uma vez, uma situação que irá criar constrangimentos à economia açoriana", às empresas da região e "afetar diretamente a vida" da população. Questionado sobre o impacto financeiro para o arquipélago, Vítor Fraga declarou que, neste momento, não é possível quantificar, mas apenas os constrangimentos decorrentes da paralisação "com o fornecimento de bens que não estão a chegar à região" e, por via disso, não são vendidos. O presidente do Sindicato dos Estivadores justificou hoje à Lusa que o prolongamento da greve até 16 de junho se deve à "falta de entendimento" entre as partes e por não se terem alterado as condições. No entender do sindicalista, as empresas portuárias pretendem para o porto de Lisboa um "modelo de trabalho desregulamentado que vai levar ao despedimento coletivo dos estivadores", adiantando que os serviços mínimos decretados nos despachos estão a ser cumpridos "totalmente". Quanto às críticas que têm sido feitas de que os estivadores estão a prejudicar os interesses económicos do país, António Mariano sublinhou que os trabalhadores estão em greve desde 20 de abril e os serviços mínimos estão a ser cumpridos.