O investigador da Universidade dos Açores Gui Menezes defendeu que a Comissão Europeia (CE) deve manter a quota do goraz para a região, uma vez que a sua "abundância aumentou" nas águas do arquipélago. O Governo dos Açores enviou para Bruxelas, no final da semana passada, o relatório parcial sobre o goraz, elaborado pela academia açoriana, na sequência da intenção da Comissão Europeia querer reduzir a quota da espécie, de grande valor comercial para os pescadores da região. A Comissão Europeia propôs uma redução generalizada das capturas de peixes de águas profundas para 2017 e 2018, que, nos Açores, no caso do goraz, aponta para cortes de 12%, quer em 2017, quer em 2018. Gui Menezes considerou que o aumento de goraz registado “foi significativo” em relação a 2013, tendo sido mantidas todas as medidas adotadas na pesca da espécie, visando ter uma “abordagem precaucionaria”. Face aos resultados alcançados, o investigador admite que não há razões para diminuir a quota do goraz dos Açores nesta altura”.