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“As relheiras estão em terrenos agrícolas, muitas vezes pouco acessíveis e, portanto, o plano de proteção significa também a sua valorização, consulta, visitação, visibilidade e enquadramento”, afirmou, em declarações à agência Lusa, o diretor regional da Cultura, Nuno Lopes.
As relheiras são sulcos paralelos deixados na pedra provocados pela passagem continuada de carros puxados por bois, que durante séculos foram o principal meio de transporte de pessoas e de carga no arquipélago.
As rodas dos carros de bois, normalmente envoltas em aros de ferro, deixaram marcas causadas pela quantidade de vezes que passaram no mesmo local, seguindo sempre o mesmo trajeto.
De acordo com o relatório “Inventariação e Proteção das Relheiras dos Açores”, estão identificadas 102 relheiras em oito das nove ilhas da região, com exceção do Corvo, a ilha mais pequena.
São Miguel tem contabilizado um quilómetro de relheiras, divididos em dez troços; já o Pico é a ilha com maior extensão deste património.
A mesma entidade propõe a criação de uma página na Internet, a integrar o portal do Governo Regional dos Açores, com informação sobre as relheiras, e onde os conteúdos possam ser acrescentados por utilizadores externos, mediante aprovação.
A proposta de inventariação das relheiras nos Açores partiu do grupo parlamentar do CDS-PP na Assembleia Legislativa regional.
Lusa/RP
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