O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Artur Lima, considerou, ontem, que o caso das ingerências político-partidárias na gestão da Unidade de Saúde da Ilha do Pico, nomeadamente por parte de um Deputado Regional do PS, configura “crime”, uma vez existirem documentos que atestam situações de “abuso de poder e tráfico de influências”. Num debate de urgência suscitado por todos os partidos da oposição, relativamente à polémica que se instalou em torno da não recondução dos anteriores elementos do Conselho de Administração daquela unidade de saúde, Artur Lima lamentou que a “Autonomia esteja a transformar-se num regime totalitário” e “numa oligarquia”. Munido de documentos vários, entre eles um email que o Deputado socialista Miguel Costa escreveu à anterior Presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Ilha do Pico a solicitar que não fosse alterada a situação profissional excecional concedida a funcionários daquela unidade, alegadamente para estarem ao serviço de juntas de freguesia para as quais tinham sido eleitos, Artur Lima considerou que, este exemplo, é “o espelho do que se passa em toda a Administração Pública Regional que está absolutamente politizada e admoestada pelo poder político”.