Confraria dos Gordos celebrou ...
Neste contexto situa-se o caso do lagostim de Luísiana (Procambarus clarkii), espécie invasora na Península Ibérica, observado pela primeira vez na ilha de São Miguel, mais concretamente na Lagoa do Peixe, em Agosto de 1993.
No decurso das campanhas de amostragem realizadas entre Outubro de 2009 e Janeiro de 2010 não se observaram lagostins na Lagoa do Peixe, facto que poderá estar relacionado com a sua excessiva captura, conjuntamente com problemas relacionados com a perda de variabilidade genética num habitat pequeno e isolado. Não obstante, verifica-se que nas lagoas Azul e Verde das Sete Cidades a população de lagostins se encontra hoje estabilizada e bem estabelecida, o que pode causar mudanças no ecossistema e reduzir a biodiversidade. O maior problema associado à presença de lagostins decorre, no entanto, do facto destes poderem ser agentes transmissores de doenças a outros animais ou mesmo a pessoas.
Atendendo à presença de espécies de cianobactérias na água das lagoas, o lagostim pode apresentar risco para a saúde animal e humana pois tem a capacidade de acumular toxinas produzidas por cianobactérias no hepatopâncreas, levando à transferência desta toxina para níveis tróficos superiores, nomeadamente a humanos. A intoxicação de pessoas por cianotoxinas pode provocar distúrbios gastrointestinais, hepáticos, respiratórios, alérgicos e até a morte, nos casos mais graves.
No seguimento dos trabalhos agora efectuados e face aos riscos existentes para a saúde pública, a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar alerta para que não se proceda à comercialização nem ao consumo de lagostins capturados nas lagoas dos Açores.
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